Yamaha SR 400 o último Samurai em duas rodas

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Vivemos numa época onde a tecnologia dita regras. Quer ver todo mundo doido? Basta cair o sistema do banco, a internet ficar lenta ou o  WhatsApp sair do ar… Pronto. Em poucos minutos o pânico se instala entre os humanos!

Nesse mundo chato, a Yamaha SR 400 parece ser uma guerreira. Dona de linhas clássicas, luta contra tudo e contra todos para nos dar alegria com sua  simplicidade e MUITO estilo.

SR 400 vestida a caráter para as comemorações do aniversário da Yamaha em 2016

Moto com cara de moto

Para quem gosta de moto “com cara de moto”, essa Yamaha é um delírio. Aquele farolzão redondo, o enorme guidão, seu banco largo, e o painel com ponteiros!!!. Tudo ajuda a criar um estilo classudo, encorpado e que, a meu ver, deveria ser eterno.

Eu até já escrevi aqui no Motos Clássicas 80 sobre o prazer que deve ser acionar o motor dessa moto – que só acorda na base da patada. Uma pena, mas a história que começou em 1978, está chegando ao fim.

Motorzão, herança da XT 500, e o pedal de partida que garante muito estilo que brilhou no Tokyo Motor Show

Com o lançamento no Japão da série Final Edition da SR 400 uma aura de despedida e nostalgia toma conta do mundo das clássicas – veja o vídeo no final do artigo.

Uma guerreira

A SR 500, lançada em 1978, com o mesmo motor da “Dakariana” XT 500

Eu vejo a SR 400 como a última guerreira. Parece um samurai, que estava parado na loja esperando alguém chegar com pouco mais de 600 mil ienes e levar para casa um moto digna de museu – porém zero quilômetro.

Sua linhagem é das mais tradicionais  que uma moto pode ter. Seu motor é baseado no propulsor usado na Rainha XT 500 e merece ser venerada pela sua história nas provas off-road de todo o mundo, entre elas o Paris-Dakar.

E parece que a valentia da XT 500 realmente se incorporou na SR 400 – que foi lançada em 1978 na também na 500 cc.

A longevidade veio com o motor de 399 cc, 2 válvulas, câmbio de cinco marchas, conta com injeção eletrônica, comando no cabeçote. O modelo pesa 174 kg.

Para você ter uma ideia da relevância do modelo, no Tokyo Motor Show de 2015, ele estava ao lado da Vmax e do Motobolt – um piloto-robô que foi a sensação daquele evento na capital do Japão.

Nada de eletrônica no painel, apenas os marcadores e os ponteiros

Essa é uma homenagem a SR 400 que atravessou gerações e sobreviveu a mais de quatro décadas. Sempre alheia às mudanças de design e modernidades como a partida elétrica, por exemplo. Agora faço um convite que veja um vídeo bem legal feito pela Yamaha que mostra muita consideração e respeito por esse último samurai em duas rodas.


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32 comentários sobre “Yamaha SR 400 o último Samurai em duas rodas

  • Realmente, a coisa está mudando muito. É triste ver que as 500cc de 2 cilindros, trails com motor monocilindrico, estão sumindo do mercado. Trail de média cilindrada, 600/650cc, estão com os dias contados? Como você mencionou, deveria ser eterno.

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    • As fábricas são muito incompetentes ao não perceberem que este estilo tem milhões de admiradores.
      Quando perceberem, a Royal Enfield estará anos luz na frente das japonesas.

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      • Adoro está moto coloca na linha de novo vai vender muito quero uma pra mim meu sonho

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  • Sempre fui um admirador dessa moto, conheço por fotos desde que comprei uma YAMAHA RS 125 em 1978 e vi um poster dela na cc… a longevidade do modelo por si só já prova o quanto é uma moto acertada, infelizmente agora em final de linha, mas milhares produzidas em todos esses anos ainda continuarão a testemunhar sua história… meu sonho era ver esse motor em alguma trail por aqui lançada, até mesmo com 500cc, que considero a moto ideal na relação consumo e peso para viagens… a simplicidade da mecânica é sinônimo de durabilidade e confiablilidade, 2 válvulas, comando simples pelo que dá para ver, e o pedal de partida, extinto atualmente, mas de extrema utilidade, quem teve sabe. Uma pena ver que ícones como esse da categoria das monocilíndricas estejam sendo extintos…

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    • esta moto é uma maravilha, não acredito que a Yamaha vai fazer esta burrada de parar de produzi-la.

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      • Concordo com todos aí que comentaram… tenho 38 anos de idade e sempre fui fã dessa moto, sonho de criança… gostaria muito de ter a oportunidade pelo menos de dar uma volta em uma, já que sou um humilde expectador dela e talvez se fosse produzida para chegar às conserciona tentaria pelo menos tirar uma foto com ela… abraços a todos e prá frente yamar.

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  • …compraria. Só o estilo já compensa, bela máquina.

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    • Muito bacana o saudosismo , adoro motos naked ando de moto minha vida inteira , lembro bastante dainhs juventude das motos da época eram lindas e trazem boas lembranças , mas é só ter a oportunidade de andar em uma que dou graças a deus que tudo evoluiu as motos hoje são veículos muito melhores fazer muito mais curva , freiam mais , aceleram melhor enfim, viva a tecnologia como os autos e motos São infinitamente melhor ….

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    • Em suma, tivemos as RX180 Custom e Avant, q nada mais eram suas equivalentes, talvez com desempenho bem próximo em aceleração e máxima, mas com retomadas comprometidas por serem 2T.

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  • Uma pena nunca terem lançado esta icônica moto no Brasil. A Yamaha fabricava excelentes monicilindricas à ar. Tive uma XT600 Ténéré 89, com partida elétrica e kick-start (eu só utilizava o kick-start ). Depois tive uma XT-600, só com partida elétrica e sem conta-giros. Tive uma Ténéré 250 e, depois disto, a meu ver, a Yamaha só lançou motos big-trail com grande consumo e alto custo de manutenção. As 3 diapasões estão em dissonância ao público brasileiro das monicilindricas de média cilindrada com refrigeração à ar. Pena não ter vindo ao Brasil a SR 400 raiz, sem MIMIMI.

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    • Verdadeimente esta moto e meu sonho de consumo

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  • Um belo exemplo de repaginado é a z900rs, bate um bolão.

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  • A 30 anos sou apaixonado por moto.Possuí várias,de cilindradas diferentes, até usar a primeira Yamaha,e daí em diante,a paixão por moto dobrou,ao usar essa marca.Finalizando!se saísse uma edição limitada tentaria adquirir uma.

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    • Ainda sonhando com uma XS 650 4t 2 cilindros, quem escutou o motor não esquece, quem sabe um dia volte, no Youtube podem ser vistas correndo por aí, o tanque é parecido com esta moto SR.

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    • Tradição e tecnologia Yamaha conferem confiabilidade mas, as fábricas precisam vender então aqui em terras tupiniquins teriam números baixos indo na contra mão. Mas gostei e compraria, pilotando tranquilo sem stress de roubo.

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  • Rapaz! Há muitos anos que sonho com uma SR400. Infelizmente a Yamaha nunca se dignou a traze-la para nosso mercado e agora…bem, agora acabou. O final de uma era. Os tempos da genialidade do simples se foram. Quem tiver sua antiga que segure pois, daqui pra frente, não há mais motocicletas. Só celulares com duas rodas. Triste.

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    • Concordo plenamente, Guimarães!
      A Ténéré 600 foi por muito tempo meu sonho de consumo, enquanto curtia as XL250, XL350, Sahara, Elefantré! Aproveitei demais uma CB450DX, mas realmente não me lembro de ter visto em nosso mercado essa SR400, não. Confesso que minha habilitação foi tirada em cima de uma RX180.
      Parece aquele “saudosismo” de “café racer”… desculpem-me mas nunca tive contato com essa cultura por aqui a partir da década de 80, quando adentrei no mundo das motos. No máximo, era a fantástica CBX750.
      Penso que encontrar o equilíbrio certo é tudo. Nem tão high-tech, nem tão “raiz”. Bem vindos ABS, controle eletrônico de tração, mapas de injeção e computador de bordo, combinados com um relógio de velocímetro e rpm. Tudo pela segurança e prazer em pilotar!

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    • Top de moto.alguem avisa para os engenheiro pararem de fazer moto cross com paralama baixo.tao de sacanagem!!

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    • Vc está no lugar errado moleque; aqui é pra quem gosta das véias…

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  • Muitos querem uma esportiva 4 cilindros, muita velocidade. Mas essa monocilindro é puro prazer.
    Vamos fazer uma campanha para a Yamaha relançar a XT600 ??
    Estamos órfãos nesta categoria

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  • Infelizmente é mais uma que se vai e por aqui nem chegou, muito triste.

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  • Como uma motocicleta desta a Yamaha nunca trouxe ao Brasil, sem perdão.
    Da década de 80 pra cá tenho saudades da RX 180, da 250,535,750 e 1100.

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  • Todo mundo tá citando a RX180 com a moto nacional mais parecida com essa SR400; no entanto, a moto que guarda maior semelhança no design, e até na arquitetura do motor (4T) com essa eterna e belíssima Yamaha é a também finada Suzuki Intruder 250 (nome exclusivo do mercado brasileiro; no mundo inteiro era GN250). Essa última foi fabricada em diferentes mercados entre 1981 e 2015, e nas nossas terras ficou pouco tempo em fabricação: entre 1997 e 2002… Foi também um projeto acertado que se manteve inalterado por décadas, igualmente robusta e econômica, painel muito semelhante, mas tinha partida elétrica…
    Eu consegui encontrar uma 100% original e a adquiri em BH, e vim rodando com ela até São Paulo; esse desenho atemporal deveria ser eterno, e atualmente (2022) a única moto 0km à venda no mercado brasileiro que vai -forçosamente pensando- nesse estilo é a Haojue Chopper 150…
    Uma pena que a SR nunca veio para cá….

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