No começo.. toda moto era moto!

Compartilhe este conteúdo

Assim eramos… sem capacete, as motos se misturavam…  

– De antemão, vou me desculpando pela má qualidade das fotos… vídeo foi feito ou em VHS ou gravado da televisão, transformado em digital, foi pra Youtube… e de lá saíram as imagens!  Tem coisa de melhor qualidade?  Tem! Mas não que ilustrasse com tanta precisão o que queremos falar hoje… 

Toda moto era moto!!

Saíamos aos bandos, a fumacenta DT180 e a estridente Agrale faziam muito alarido e grande fumacê!  Fumacê pra que? se não se falava em Dengue nem Chikungunya?  Mosquito quando picava, tomava tapa, morria e pra aliviar o “ardume” passávamos álcool – simples assim!

No meio vinham as CB400 com pessoal mais velho um pouco, já barrigudinho e com menos cabelos (agora quem ta barrigudinho e desprovido de cabelos… somos nós!), suas motos estavam sempre impecavelmente limpas.

As Ténérés eram, e são ainda, motos que chamam muita atenção!

As XLX350R e as Ténérés nos faziam virar pescoço, o pior (ou melhor) é que fazem até hoje!

Depois vinham as  7 galo e as viúvas negras, disputando quando o semáforo abria… alguma importada ficava nesse grupinho. Ahhh as ninjas!!!

Mas andávamos juntos, curtindo o motociclismo, as motocas, as sensações que isso trazia – todos acenavam quando cruzavam nas rodovias, independente do tipo da motocicleta!

Na estrada sim, o capacete normalmente era usado. Mas na cidade, putz que curtição andar sem ele, conversar com o motoqueiro ao lado, olhar pra meninas… hummm…  preocupação era com o mosquito!  Não, não o da dengue, mas caso ele entrasse no olho….

A policia as vezes, raramente, chamava atenção, mas numa boa, sem autoritarismo! E como se pode ver nas imagens no final da matéria, até mesmo eles, durante uma exibição, deixavam o capacete de lado!

Causo:

Interrompemos a nossa programação pra contar um causo!

Falando em mosquito: – Certa vez, ia eu, de shorts e camiseta, passeando com a XL250R, sem capacete e sem luvas é claro!  Dei de cara com uma abelha fêmea, que vinha pela contramão e em altíssima velocidade. Como sabia que era fêmea?!…   descobri isso da forma mais dolorida…  foi quando ela entrou pela abertura do shorts, como uma louca, e por pouco não me acerta nas partes pudendas… era fêmea e tarada!!   a  “bicada”  foi na parte interna da coxa.  doí até hoje, só de lembrar!

Começaram a chegar as importadas, nos anos 1990… e sabe o que aconteceu?  ficou mais divertido!  A essa trupe toda, juntaram-se as monstruosas ZX-11, GSX1100, CBR1000F, Super Ténéré… tudo era super! Além disso haviam as cromadas custons, algo muito diferente do que havia por aqui, logo começou uma febre pelos cromados!…  E os pescoços ? ai sim, viravam mais ainda!

Super Ténéré, DR800s!  como é bom rever essa galera toda sem capacete!

As vezes aparecia um triciclo na multidão… nada desses modernos com duas rodas na frente não…eram em sua maioria os “by cristo” com motor a ar VW a ar…    “encaveirados” até falar chega!

Triciclos artesanais com motor VW a ar eram “maquinas estradeiras” e se misturavam as custons e importadas da época, numa boa!!!

Ai, nesse fervor, começaram a pipocar, cá e lá, encontros de motocicletas… uns grandes, outros pequenos, e um especialmente enorme!  O Megacycle!  Fui em alguns deles, começo dos anos 1990, e certamente muitos de vocês estavam por lá também. Em Serra Negra, SP – ou em Caraguatatuba, SP.. depois migrou pra Campos do Jordão e outros destinos.  Me lembro claramente da subida de Serra Negra, com alguns milhares de motos subindo juntas (No jornal da TV a estimativa é que haviam cerca de 40.000 motos) – que espetáculo!!!

Agora, vai…ta bom!  pra não dizer que toda moto era moto, e que se hoje há essa separação da turma das esportivas, das big trail, das motos maiores e menores etc..  havia sim uma pequena – grande separação!  Os eternos:  Yamahistas x Hondeiros!  Muito embora discutissem qualidades e deméritos de cada marca… eles acabavam viajando juntos e sempre acenavam ao cruzar na rodovia!

A policia fazendo demonstrações com as CBX750F… sem capacete! 


Compartilhe este conteúdo

11 comentários sobre “No começo.. toda moto era moto!

  • Esqueceu de comentar procissão de motos para Santuário Aparecida era um acontecimento da padroeiras dos motociclista. Hoje eu como motociclista com 45 anos de moto, não tenho prazer de andar mais pelo Rio de Janeiro, ruas que parece que estamos fazendo trilhas, assalto constante, motoqueiros desesperados e motoristas mau preparados, uma bagunça generalizada no transito, hoje tenho a minha lendária(para mim) CB 450 DX/94 que ando perto de casa, só para matar o desejo. Abraço em todos

    Resposta
  • Esqueceu de comentar procissão de motos para Santuário Aparecida era um acontecimento da padroeiras dos motociclista. Hoje eu como motociclista com 45 anos de moto, não tenho prazer de andar mais pelo Rio de Janeiro, ruas que parece que estamos fazendo trilhas, assalto constante, motoqueiros desesperados e motoristas mau preparados, uma bagunça generalizada no transito, hoje tenho a minha lendária(para mim) CB 450 DX/94 que ando perto de casa, só para matar o desejo. Abraço em todos

    Resposta
  • Minha nossa que show de reportagem. Lembrando de tempos em que saíamos aqui de São Carlos com destino à Santos, 320 km, CG, Turuna, RX, RS e TT 125, no sábado à tardezinha, chegando ao anoitecer, passávamos a noite na praia, ou lanchonetes de postos de combustível (o termo loja de conveniência ainda não existia), e voltávamos no domingo final de tarde. Entre outras saídas de domingo às 5 da manhã pra voltar no final do dia. Tudo motinhas de 6 volts, muitas com dois em cima, japa sem habilitação (17 anos), e por aí vai. Viagens curtas aqui na região, passeios que até hoje de vez em quando acontece. Isso final da década de 70. Calça jeans, kichute nos pés, blusa do que tivesse, e raramente alguém com luvas. Show de matéria.

    Resposta
  • Minha nossa que show de reportagem. Lembrando de tempos em que saíamos aqui de São Carlos com destino à Santos, 320 km, CG, Turuna, RX, RS e TT 125, no sábado à tardezinha, chegando ao anoitecer, passávamos a noite na praia, ou lanchonetes de postos de combustível (o termo loja de conveniência ainda não existia), e voltávamos no domingo final de tarde. Entre outras saídas de domingo às 5 da manhã pra voltar no final do dia. Tudo motinhas de 6 volts, muitas com dois em cima, japa sem habilitação (17 anos), e por aí vai. Viagens curtas aqui na região, passeios que até hoje de vez em quando acontece. Isso final da década de 70. Calça jeans, kichute nos pés, blusa do que tivesse, e raramente alguém com luvas. Show de matéria.

    Resposta
  • Mt legal !!
    Eu era da turma que ficava assistindo as motos !!
    Era um show !!
    Depois de ver as motos passarem minha Maxi Puch se transformava em Honda Cb 400 four, Tenere Rd 350 etc……

    Resposta
  • Mt legal !!
    Eu era da turma que ficava assistindo as motos !!
    Era um show !!
    Depois de ver as motos passarem minha Maxi Puch se transformava em Honda Cb 400 four, Tenere Rd 350 etc……

    Resposta
  • Mt legal !!
    Eu era da turma que ficava assistindo as motos !!
    Era um show !!
    Depois de ver as motos passarem minha Maxi Puch se transformava em Honda Cb 400 four, Tenere Rd 350 etc……

    Resposta
  • Devia ser muito legal mesmo. Motos de diferentes estilos e todos andando juntos. Atualmente tem os grupos de Trail, Custon, Esportivas, etc. Ando com uma XLX 250R 1989, meu xodó, mas de vez em quando me sinto discriminado por andar com uma moto mais velhinha, mas raridade. Parece que a frase “não importa a cilindrada, o que vale é o vento no rosto” não serve pra nada, mas não troco minha Velhinha não, tenho paixão pela minha Xica Loca!

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *