Antiga sim!!! Colecionável? Talvez!
Moto desperta paixão, isso é fato! Foi exatamente essa paixão que trouxe você até essas páginas!
E as clássicas então? São simplesmente fascinantes – suas linhas, cromados, cores de época, detalhes construtivos, roncos incríveis e até mesmo o cheiro de sua fumaça – cada um sente-se atraído por uma faceta (ou várias) desse universo!
É uma duvida muito comum a muitos, principalmente quem está iniciando nesse mundo. Saiba que não basta guardar qualquer moto, pensando que ela vai ser colecionável no futuro, tem que saber escolher!
Se você quer guardar pra “valorizar” sua moto (e pensa vender por um dinheirão um dia), tome muito cuidado! Pois apesar das clássicas serem valorizadas no mercado de usadas, não perderem mais valor como uma nova… elas, historicamente, perdem pra boas aplicações financeiras, moedas estrangeiras etc… Isso sem falar que, nos anos que você a estiver guardando, ela vai te custar… manutenção, documentação etc – ahh e as que valorizam pra valer são as verdadeiras clássicas… uma moto simplesmente antiga talvez não valorize o tanto quanto seu proprietário sonhou.
Algumas motos são verdadeiras lendas, e praticamente já nascem colecionáveis. Alguns modelos da Ducati, desenhadas por Maximo Tamburini como a 916 por exemplo.
As primeiras motos a superarem a barreira dos 300km/h? o leitor logo se lembra das primeiras Honda Blackbird e Suzuki Hayabusa…. E quando se fala em uma “moto dragster”, o que vem a sua cabeça? Ahhh pois é, a V-max né? também pudera… V4 refrigerado a liquido, transmissão por eixo cardã, 145hp!!! isso tudo no inicio da decada de 1980…
São motos cujos “pais e avós” construíram uma historia de sucesso, e seus nomes ou siglas, derramam sobre elas atualmente essa aura. Alguns exemplos são a Ténéré, a RD350, a BMW GS, e até a Hayabusa, que, apesar de mais recente, vem construindo sua história ha 20 anos se enquadra aqui…
Bem, sempre que a moto for colecionável, alguns anos de produção são mais valiosos, normalmente o primeiro ano ou a primeira geração, são as mais legais, pois foi no momento em que ela se destacou, no momento de seu lançamento, no momento em que causou impacto no mercado! E também o ultimo ano de produção, apesar da moto ter uma imagem mais cansada e pouco desejada naquele momento no mercado, mas é emblemático também. Os anos do intermédio não são tão valorizados, embora colecionáveis obviamente.
O Brasil enfrentava 10 anos de fronteiras fechadas em 1986 e a Honda lançou uma moto que simplesmente abalou o mercado – a CBX750F – a “Black” então foi de arrasar (olha a primeira ai novamente). Mas… acredite: essa moto é uma particularidade do ambiente Brasil. No resto do mundo a CBX750F não é tão desejada (to falando da CBX e não da CB750F – essa é um fenomeno mundial), é uma moto comum entre as tantas opções que haviam na Europa, USA e Japão naquele momento… ela pode compor uma coleção la fora? claro que sim! mas não tem o furor e a aura que recebeu no Brasil… uma particularidade realmente, explicada pelo momento em que vivíamos no Brasil.
Bem, ai é delicado, pois ha alguns anos houveram lançamentos comemorativos demais! Pode-se dizer que, uma vez que a moto tenha passado por alguns dos quesitos anteriores e se tornado colecionável, sim, uma serie especial é valorizada e desejada… mas, não é apenas isso que vai fazer qualquer modelo se tornar colecionável.
Não existe um padrão de coleções (sorte hein! seria bem chato isso). Existe colecionadores que dedicam-se a um tipo e outro tipo de coleção, incluindo em seu acervo as motos consoantes ao estilo, e existem os mais generalistas.
Em uma coleção por exemplo de motos 125cc dos anos 1980 – todas as CGs, MLs, XL 125, TTs, RDs serão bem vindas! Se possível uma de cada ano/modelo/cor.
Já em uma coleção mais generalista, que tenha grandes motos dos anos 1960, 70 e 80 – uma CG125 laranja 1979 (primeiro ano) é muitíssimo bem vinda, no entanto suficiente, e as demais CGs acabam por perder o brilho e não ter espaço naquele acervo.
Existem coleções (maravilhosas) apenas de 7-galos – uma de cada cor, de cada ano… Já outros colecionadores incluem um exemplar apenas da 7-galo em seu acerto e se dão por satisfeitos (adivinha qual exemplar ele vai querer incluir?! ahhh a 86 Black né?!… pois é).
Existem colecionadores que dedicam-se a apenas uma marca, outros que dedicam-se a veículos comerciais (bem interessante inclusive) – motos dos correios, dos bombeiros, da policia etc.
Fora isso tudo, existe outro fator, o fator emocional.
Em minha coleção por exemplo, a moto que mais vale – pra mim – não é a de maior valor de mercado, nem a de menor quilometragem… mas sim a moto que me acompanha desde que eu tinha 15 anos… ela vale muito, mas só pra mim! Tem posição de destaque na coleção, pois é a minha preferida. Mas, pouco importa o quanto ela vale, ou deixa de valer…pois não vendo mesmo!
Aos 51 anos, Diego completa 38 intensos anos de motociclismo! Colecionador detalhista e aficionado por motos clássicas, principalmente as dos anos 1980. Ultrapassando a marca do 1.000.000 de km rodados – Seja como piloto de testes da revista Duas Rodas, aventurando-se pelo mundo em viagens épicas e solitárias em motos super-esportivas ou quebrando recordes de distancia e resistência sobre a motocicleta onde conquistou 18 certificados internacionais “IronButt”.
Eu tenho uma Nelson Piquet e uma 500 four,quando vc comentou das CB 750,entendo que o F foi de Four, porém pode se pensar que o modelo da foto é a F, e não a K
Eu tenho uma Nelson Piquet e uma 500 four,quando vc comentou das CB 750,entendo que o F foi de Four, porém pode se pensar que o modelo da foto é a F, e não a K
Acho que vale muito mais sua paixão. Tenho uma 450 TR que pra mim vale muito . Se tivesse mais $$$, estaria impecável e sem chance de sair da minha casa.
Acho que vale muito mais sua paixão. Tenho uma 450 TR que pra mim vale muito . Se tivesse mais $$$, estaria impecável e sem chance de sair da minha casa.
Acho que vale muito mais sua paixão. Tenho uma 450 TR que pra mim vale muito . Se tivesse mais $$$, estaria impecável e sem chance de sair da minha casa.
Concordo com a matéria e acho que a melhor coleção é a feita de motos que marcam a vida dos seus donos.
Concordo com a matéria e acho que a melhor coleção é a feita de motos que marcam a vida dos seus donos.
Para muitos, foi o que marcou no passado. Desejam modelos específicos, e nem sempre cobiçados, ou mesmo coincidindo ser a raridade de coleção.